O filme dirigido por Paul Haggis, lançado em 2005, foi um grande sucesso de bilheteria e conquistou três estatuetas no Oscar. Desde então, ele é considerado um dos grandes clássicos do cinema americano.

Haggis constrói a narrativa em torno de um conjunto de personagens que aparentemente não estão conectados. No entanto, todos eles são afetados por situações que mostram a violência e o preconceito presentes na sociedade.

Entre as histórias, temos um policial racista que tenta cuidar do pai doente, uma mulher negra que tem medo de andar sozinha na rua, um casal de imigrantes latinos que são vítimas de roubo e um promotor de justiça branco que se envolve em um acidente com uma mulher negra.

Talvez o grande mérito do roteiro é mostrar que nem sempre as pessoas seguem o que a sociedade espera delas. A figura do racista, por exemplo, empatiza com o espectador ao mostrar sua fraqueza e seus medos diante da figura do pai doente. A mulher negra, por sua vez, não se coloca como uma vítima indefesa e é uma das personagens mais fortes e marcantes do filme.

Crash é um filme sobre choques culturais e sociais, sobre a falta de comunicação entre as pessoas, sobre nossa inabilidade de lidar com as diferenças e ignorar o que temos em comum. Ele é um retrato do mundo em que vivemos, onde a violência faz parte do nosso dia a dia e onde o preconceito é uma das maiores ameaças à nossa humanidade.

Em tempos em que a intolerância se espalha pelo mundo, Crash no Limite é um filme que deveria ser visto por todos. Ele não tem medo de mostrar as feridas da nossa sociedade e de nos fazer pensar sobre nossas próprias atitudes diante do outro.

O filme é uma obra-prima do cinema, uma história emocionante e inesquecível. Recomendo a todos que assistam a Crash no Limite.